Coisas do Cinema - Cremaster 1 (1996)
O realizador deste filme (Matthew Barney) é o companheiro e pai dos filhos de Björk.
Falar deste filme sem ver os restantes do ciclo (são cinco ao todo) é já deixar muitas coisas em aberto. De qualquer forma, este é um bizarro e divagante percurso pela rica imaginação do autor.
Nos quarenta minutos de duração, aocntecem uma série de articulações simbólicas que não constituem uma "história"; uma mulher debaixo de uma mesa (e dentro de um dirigível?) - que me fez lembrar a "Under the Table and Dreaming" dos Dave Matthews Band - comanda uma coreografia (de outras mulheres) presentes num estádio de futebol americano.
Esta coreografia é uma espécie de ritual de fertilidade (existe um óvulo fecudado...) acentuando ainda mais o carácter erótico do filme.
Este glamour erótico torna-se hipnótico com o contributo do som e do espaço; a forma como o ruído transmite um ambiente espacial, as constantes transformações de escala, as sensações do tacto (muito bem elaboradas) e a clareza e pureza minimal da cor, tornam este filme numa bonita e intrigante sucessão de imagens. Preparam-nos para o Cremaster 2? Brevemente, a ver vamos.
Mais é aqui.
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2 Comentários:
Tu és mauzinho...
Duvido que nas prisões americanas do Iraque hajam televisões, sequer. E muito melhor tortura seria ver a genuína MTV americana, ininterruptamente! Isso é que seria a perversão das perversões! A alienação das alienações!
Um abraço.
É assim tão mau...o Dias é um gajo competente nas criticas que faz, o que me leva a crer que é mesmo uma tortura! Por mim infelizmente não posso falar porque ainda não vi nada. Só um pormenor só o nome dessa coisa até assusta...
Cumprimentos Hugo Duarte
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