Coisas da vida - os limites do desejo
Intriga-me a forma como as pessoas limitam os desejos. Todos temos desejos, e todos temos formas de os refrear, quando achamos conveniente...Uns mais do que os outros...
Cada vez que o nego (ao desejo) sinto uma parte de mim a perder-se; mais poeira destinada ao buraco negro; do qual nunca ouviremos falar e do qual não poderemos falar com ninguém, pois - apesar de existir - é um espectro que apenas incomoda, sem ter forma definida; um lixo que, tão cedo não poder-se-á despejar.
Se há quem morra de desejo; há também quem morra por renegá-lo. A alienação é a pathos da contemporaneidade; num mundo em que a liberdade abunda a cada canto, resta-nos a facilidade da submissão à nossa própria repressão...e não é essa a repressão que, com a qual, somos mais indulgentes?
É claro que, alienados a nós próprios, sentimos apenas o placebo da liberdade: as "flores do mal" da liberdade começam e acabam na razão.
Se, por algum motivo, a liberdade existe ele é a eterna vivência dos nossos desejos; que ninguém se lixe pelo medo de ser lixado; perdoar-nos a nós próprios devia ser mais difícil ainda.
O desejo, como sabemos, não tem limites; não o limitem, suguem-no, como se fosse o melhor sumo de laranja.
Deêm paz ao amor.
Cada vez que o nego (ao desejo) sinto uma parte de mim a perder-se; mais poeira destinada ao buraco negro; do qual nunca ouviremos falar e do qual não poderemos falar com ninguém, pois - apesar de existir - é um espectro que apenas incomoda, sem ter forma definida; um lixo que, tão cedo não poder-se-á despejar.
Se há quem morra de desejo; há também quem morra por renegá-lo. A alienação é a pathos da contemporaneidade; num mundo em que a liberdade abunda a cada canto, resta-nos a facilidade da submissão à nossa própria repressão...e não é essa a repressão que, com a qual, somos mais indulgentes?
É claro que, alienados a nós próprios, sentimos apenas o placebo da liberdade: as "flores do mal" da liberdade começam e acabam na razão.
Se, por algum motivo, a liberdade existe ele é a eterna vivência dos nossos desejos; que ninguém se lixe pelo medo de ser lixado; perdoar-nos a nós próprios devia ser mais difícil ainda.
O desejo, como sabemos, não tem limites; não o limitem, suguem-no, como se fosse o melhor sumo de laranja.
Deêm paz ao amor.
Fotografia de Dejan Dizdar
3 Comentários:
Tu Coisas muito? E geralmente estás bem temperado?
Apenas nos arrependemos das coisas que não fazemos...
Dos momentos que não vivemos...
Dos ventos que não seguimos...
Apenas nos arrependemos, por não ter-mos de facto vivido.
elisa...
http://oserintemporal.blogspot.com
Anónimo(a): como se pode ver pelo Muitas Coisas, o Arroz de Estragão Coisa muito; aliás, Coisa quase todos os dias; e tem temperamento q.b. para assim continuar durante muito tempo.
Hasta la Pasta
Elisa: ora aí está um cliché (e não me leves a mal aqui...) que vem mesmo a calhar ;-)
E não será a expressão "Estou arrependido(a)." o grande pedido de desculpas a nós mesmos? Já Kundera dizia: "Há brilhantes aliados dos seus próprios coveiros..."
Um abraço
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