Coisas do Cinema - Les Triplettes de Belleville (2003)
Acabei de rever o Les Triplettes de Belleville e descobri ainda mais detalhes que o tornam sublime. (Não tinha, por exemplo reparado, que o "trauma"
do cão com os comboios tinha surgido quando este era cachorrinho e um comboio eléctrico, com que Silva Jr. brincava, atropelou-lhe a cauda)
Adiante.
Este é um Filme que vive do enaltecimento das coisas simples, de pessoas simples e de gestos simples. A exploração intensiva destes factores é notável.
Sylvain Chomet tira tudo o que pode tirar do seu media: a animação; este senhor a animar, é como peixe na água.
Os traços dos personagens (cada um entregue a uma equipa distinta) são soberbos; a acentuação do carácter e das expressões são a magia, dentro do silêncio (leia-se: ausência de falas).
A expressão do espaço é do mesmo nível; note-se na riqueza e heterodoxia das interpretaçções de Paris e de Manhattan.
O desenho das "coisas" é também muito delicado e expressivo (note-se nos transatlânticos, na estátua da Liberdade ou nos automóveis conduzidos na sequência final).
O conceito do argumento é extremamente bem disposto e equilibrado, mantém-nos presos e embriagados.
Os planos e a sua articulação, são de grande maturidade cinéfila.
O resultado, é um filme obrigatório para qualquer...
Entre os tributos presentes, destacam-se os feitos a Jaques Tati (Msr. Hulot) e aos emigrantes portugueses (A Madame Silva destrona aqui o já excelente papel de Rita Blanco do
Ganhar a Vida (2001), de João Canijo) (Beijos, Avó :))
Este filme é também uma subtil crítica a quem pensa em "coisas sérias".
Mais, é aqui.
do cão com os comboios tinha surgido quando este era cachorrinho e um comboio eléctrico, com que Silva Jr. brincava, atropelou-lhe a cauda)
Adiante.
Este é um Filme que vive do enaltecimento das coisas simples, de pessoas simples e de gestos simples. A exploração intensiva destes factores é notável.
Sylvain Chomet tira tudo o que pode tirar do seu media: a animação; este senhor a animar, é como peixe na água.
Os traços dos personagens (cada um entregue a uma equipa distinta) são soberbos; a acentuação do carácter e das expressões são a magia, dentro do silêncio (leia-se: ausência de falas).
A expressão do espaço é do mesmo nível; note-se na riqueza e heterodoxia das interpretaçções de Paris e de Manhattan.
O desenho das "coisas" é também muito delicado e expressivo (note-se nos transatlânticos, na estátua da Liberdade ou nos automóveis conduzidos na sequência final).
O conceito do argumento é extremamente bem disposto e equilibrado, mantém-nos presos e embriagados.
Os planos e a sua articulação, são de grande maturidade cinéfila.
O resultado, é um filme obrigatório para qualquer...
Entre os tributos presentes, destacam-se os feitos a Jaques Tati (Msr. Hulot) e aos emigrantes portugueses (A Madame Silva destrona aqui o já excelente papel de Rita Blanco do
Ganhar a Vida (2001), de João Canijo) (Beijos, Avó :))
Este filme é também uma subtil crítica a quem pensa em "coisas sérias".
Mais, é aqui.
3 Comentários:
um apontamento para lembrar:) arredada das salas de cinema, recuperei o jeito com o último de Jeunet, "um longo domingo de noivado".
beijos.
O próximo que vou ver é o Saw! Já não me lembro do sabor das pipocas...
Beijos :-)
:-)
Tenha medo! MUITO MEDO!!!
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