Coisas da Música - "The Eraser", Thom Yorke, 2006
E como será Thom Yorke a solo?
Os Radiohead têm aquilo que poucos têm: para além da qualidade global, arriscam; e arriscam coisas que surtem um efeito globalizante. Os Radiohead estão sempre à frente das expectativas de quem os ouve, e mais, fazem-no com todo o gosto (e talvez, por isso, funcione...).
Ora, para o Thom Yorke, a solo, fica provado que esta cinética da contemporaneidade musical é semelhante. Mais uma vez, este é um álbum que está à frente das expectativas. Tem que se o ouvir.
A sagaz aproximação da intimidade está patente no "The Eraser", tal como a habilidade de fazer música triste que nos deixa bem dispostos.
Ora, para o Thom Yorke, a solo, fica provado que esta cinética da contemporaneidade musical é semelhante. Mais uma vez, este é um álbum que está à frente das expectativas. Tem que se o ouvir.
A sagaz aproximação da intimidade está patente no "The Eraser", tal como a habilidade de fazer música triste que nos deixa bem dispostos.
Fica uma amostra.
5 Comentários:
...melancolia é comigo :)
gosto da voz...gosto da parte final, do ritmo, do background vocalizado em tonalidades melancólicas...gosto.
beijos.
É :)
É interessante como esse ritmo e melodia do fim podia ser um Disco-Sound qualquer, aqui há uns anos, quando o techno apareceu. Mas aqui, adquire um clima intimista e um significado. E ainda há um importante detalhe; mesmo, mesmo no fim, a melodia baixa de volume, deixando a voz, só, desprotegida, exposta; como se quase fosse um erro na pós-produção em estúdio. É esta exploração da vulnerabilidade e na frontalidade que eu adoro na cultura dos Radiohead. Ainda hoje, são para mim, sem nada que se lhes compare, a melhor banda pós-rock (que é o mesmo dizer "pós-Beatles") do mundo.
Quem faz uma música como a Paranoid Android, e faz dela um dos singles de um album experimental (OK Computer) e consegue com que ele seja um dos discos mais vendidos de sempre, consegue também uma outra coisa: ganharam o concurso.
Não há ninguém como estes senhores; há sim, muitos que os tentam imitar.
E viva ao valor da sinceridade!
Admiro a capacidade pessoal de exposição, de vulnerabilidade; a capacidade de "cair em desgraça".
Bisous
voltei a ouvir a parte final com muita atenção. é verdade o que dizes, sobre a vulnerabilidade. é uma tristeza desamparada, quase um lamento/grito de mão que se estende ou se procura...
obrigada por me fazeres entender tanta coisa, na música...:)
beijos.
Sobre a turma dos Radiohead tenho muito a dizer! É só puxarem por mim que eu falo! Portanto, não me agradeças porque é um gozo para mim :)
Mais, creio que são estes sublimes; este gosto pelo detalhe que fazem com que os álbums dos ditos cujos sejam a banda sonora da vida de tanta gente.
Afinal, a intimidade que nos comove é, no fundo, as pequenas coisas.
Já dizia o tio Mies van der Rohe: "God is in the details."
Bisous Radioheadicos:)
Migalha: e somos tantos, tantos!
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