Coisas das Viagens - Diário de Bordo III
III
2 de Setembro, 6a feira, Madrid
Manzanares
No segundo dia fiz um pouco do que nunca tinha feito em Madrid: fui até `a Catedral de Almudena e aos aposentos da monarquia. A catedral é mais interessante por fora do que no seu interior e deixou-me um bocado indiferente. Os aposentos da monarquia, năo entrei, até porque suspeito de que seja mais uma daquelas visitas a palácios em que se věm paredes decoradas, candeeiros e camas de dossel. Bom, isto, para mim, é uma chatice.
No entanto, entre o palácio e o jardim, existe uma interessante resoluçăo urbana que o André saberá explicar muito melhor do que eu. Basicamente, é uma promenade que é efectivamente usada por pessoas (năo só turistas) tendo também um mundo qualquer subterrâneo que năo percebi muito bem. André, faça o favor!
Neste momento, é complicado ver o (já de si pequeno) Manzanares. Está em construçăo um mega projecto que pretende requalificar e valorizar a presença do rio na cidade. Uma vez mais, é uma promenade que se estende por quilómetros e que procura uma relaçăo entre as duas margens. Será desta que nos passa aquele enfado típico de năo ver água em Madrid? Será agora que haverá umas esplanadas cerca da água para se beberem umas caňas?
Outra coisa que se passa em Madrid é o facto de haver uma carrada de jovens que saem cedo da casa dos pais para alugar um apartamento em comum com outros jovens. Isto acontece geralmente antes de se ter um/a namorado/a com o qual se viverá en pecado daí em diante e até ver. Lembro-me que os preços das rendas em Madrid năo săo muito diferentes dos de Lisboa, caros portanto. Mas senti que, quem lá vive, recebe um ordenado maior do que o que receberia em Portugal, fazendo a mesma coisa. Que dizem os emigrantes madrilenos sobre isto?
¤
A língua, sim, a língua. Nos primeiros dois ou trěs dias, custou-me perceber o que dizem os castelhanos. Mas, depois, tudo se engrenou. E falar, falar também é só apanhar-lhe o jeito da fonética e saber quatro ao cinco palavras que săo muito diferentes do portuguěs. A partir daí, um tipo a falar Portunhol em Madrid, faz-se entender. (năo é tăo mau como preconceituosamente por aí se diz).
O facto é que é raro existir algo que năo esteja traduzido para espanhol; năo encontrei versôes originais nas exibiçôes do cinema...năo se diz "seven-up" mas antes "siete-up"...
Bom, tirando esta caricatura linguística, e tudo o que ela implica na cultura e nos media, está-se muito bem em Madrid. Mas, como diz o Ginete, quem quer praia, tem que ir a Casa...
2 de Setembro, 6a feira, Madrid
Manzanares
No segundo dia fiz um pouco do que nunca tinha feito em Madrid: fui até `a Catedral de Almudena e aos aposentos da monarquia. A catedral é mais interessante por fora do que no seu interior e deixou-me um bocado indiferente. Os aposentos da monarquia, năo entrei, até porque suspeito de que seja mais uma daquelas visitas a palácios em que se věm paredes decoradas, candeeiros e camas de dossel. Bom, isto, para mim, é uma chatice.
No entanto, entre o palácio e o jardim, existe uma interessante resoluçăo urbana que o André saberá explicar muito melhor do que eu. Basicamente, é uma promenade que é efectivamente usada por pessoas (năo só turistas) tendo também um mundo qualquer subterrâneo que năo percebi muito bem. André, faça o favor!
Neste momento, é complicado ver o (já de si pequeno) Manzanares. Está em construçăo um mega projecto que pretende requalificar e valorizar a presença do rio na cidade. Uma vez mais, é uma promenade que se estende por quilómetros e que procura uma relaçăo entre as duas margens. Será desta que nos passa aquele enfado típico de năo ver água em Madrid? Será agora que haverá umas esplanadas cerca da água para se beberem umas caňas?
Outra coisa que se passa em Madrid é o facto de haver uma carrada de jovens que saem cedo da casa dos pais para alugar um apartamento em comum com outros jovens. Isto acontece geralmente antes de se ter um/a namorado/a com o qual se viverá en pecado daí em diante e até ver. Lembro-me que os preços das rendas em Madrid năo săo muito diferentes dos de Lisboa, caros portanto. Mas senti que, quem lá vive, recebe um ordenado maior do que o que receberia em Portugal, fazendo a mesma coisa. Que dizem os emigrantes madrilenos sobre isto?
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A língua, sim, a língua. Nos primeiros dois ou trěs dias, custou-me perceber o que dizem os castelhanos. Mas, depois, tudo se engrenou. E falar, falar também é só apanhar-lhe o jeito da fonética e saber quatro ao cinco palavras que săo muito diferentes do portuguěs. A partir daí, um tipo a falar Portunhol em Madrid, faz-se entender. (năo é tăo mau como preconceituosamente por aí se diz).
O facto é que é raro existir algo que năo esteja traduzido para espanhol; năo encontrei versôes originais nas exibiçôes do cinema...năo se diz "seven-up" mas antes "siete-up"...
Bom, tirando esta caricatura linguística, e tudo o que ela implica na cultura e nos media, está-se muito bem em Madrid. Mas, como diz o Ginete, quem quer praia, tem que ir a Casa...
7 Comentários:
...anda lá, confessa! Confessa que andaste deprimido nos primeiros dias de viagem e que Madrid só se iluminou depois da chegada dos tres iluminados, Gra-Mestre Albuquerque, Principe Pinto e Honrado Cavaleiro Rinete!
confessa, só te fica bem!
Tem calma que terás o teu quinhăo! Além disso, ainda năo cheguei a essa parte ;)
Já as bebi! :)
Aquele abraco
Desististe? E eu que queria saber o que tens a dizer de Londres...
Tens que me dar tempo para a borga!
só uma pequena correcçao... em madrid há 6 cinemas cada um com várias salas que exibem filmes em versao original... devem ter-te escapado!
Escaparam-me. Mas agora, ficamos todos mais informados. Obrigado.
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