Coisas do Quo - o Charme
Como diz Mario Perniola de forma tão acertada, "o charme é uma simples consequência de nos encontrarmos em paz com o mundo."
Muitas Coisas; todas as Coisas das Coisas que se possam Coisar. Coisas?
coisado por: Sérgio Xavier @ 22:25 9 comentários
9 Comentários:
Creio que é mais do que paz...é muito mais! Há uns pacíficos que jamais serão charmosos...
Paz com os outros, paz contigo...
Seduzir o mundo...
Concordo com a borboleta, há mais fontes ou origens para essa maneira de viver a vida.
Talvez concorde com o arroz...
Não são assim tantas as pessoas que estão totalmente em paz com o mundo e isso confere-lhes "um não sei quê" de auto-confiança, de presença, um olhar diferente...o que pode ser e é muitas vezes...charme!
Acho que quando se está bem com o mundo consegue-se transmitir por consequência um certo charme que é reflexo desse estado de espirito. Porém julgo que não é condição "sinequanone" estar-se bem com o mundo para se ter charme e o contrário também não se aplica...
A frase é no fundo relativa, tem no fundo o seu quê de verdade.
P.S. Arroz como é que tu estás? Tenho andado um pouco distante mas sabes que não esqueço...
E tu Eliana, andas mesmo desaparecida, são os exames que te tomam conta da cabeça? vê lá se dizes qualquer coisa, mostra a tua existência...confesso que tenho saudades tuas mas também de todos.
Um forte abraço pra todos e um beijo pra todas, Tripas
Borboletinha: acho que estar em paz e ser pacífico são coisas muito diferentes, mas creio perceber onde queres chegar.
Pints: concordo, a paz interior é uma coisa rara ;-)
Tripas: eu estou bem, e daqui um mês vou para a Jordânia! Can you believe it?!? E tu?
Um grande abraço
melhor que a frase é escolher-se essa foto para a ilustrar.
Não sei se é paz, se o que é, mas também me delicio com a suave contemplação da existência dessa senhora de palavras calmas.
p.s. - Jordânia?!?! puta que te pariu!!!!
Olha que eu ponho-te pimenta na língua ó gabiru!
Ainda não está confirmado; quando estiver eu comunico oficialmente! ;)
"(...)A senhora afastava-se em fato de banho ao longo da piscina e quando se encontrava a quatro ou cinco metros do professor de natação, virou a cabeça na direcção dele, sorriu-lhe, e fez-lhe um sinal com a mão. Fiquei com o coração apertado. Aquele sorriso, aquele gesto, eram de uma mulher de vinte anos! A mão como que voara com uma ligeireza encantadora. Como se, por brincadeira, ela atirasse ao amante um balão de muitas cores. O sorriso e o gesto eram cheios de sedução, ao passo que o rosto e o corpo já nada de sedutor tinham. Era a sedução de um gesto afogado na não-sedução do corpo. Mas a mulher, embora devesse saber que deixara de ser bela, esquecera-o nesse instante. Numa certa parte de nós mesmos, todos vivemos para além do tempo. Talvez só tomemos consciência da nossa idade em certos momentos excepcionais, permanecendo sem-idade a maior parte do tempo. Em todo o caso, no momento em que se virou, sorriu e fez sinal com a mão ao professor de natação(...) a senhora nada sabia da sua idade. Graças a esse gesto, pelo espaço de um segundo, uma essencia da sedução dela revelou-se e deslumbrou-me. senti-me estranhamente emocionado.(...)"
A imortalidade
Milan Kundera
Se éa a anónima que eu penso, sabes bem que este é um dos livros da minha vida. Obrigado
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