Coisas das Viagens - Diário de Bordo IV
IV
3 de Setembro, Sábado, Madrid
Emigrantes
Ao terceiro dia em Madrid, insurgiram-se, finalmente, o André e o Ginete (mais conhecido em Castela por Toňin). O jantar foi o que havia: pasta com atum `a la Xavier. E que bela pasta! É claro que, mesmo `a noite, só é possível andar em casa practicamente despido e foi assim que 2 emigrantes e um turista portugueses jantaram em tronco nú num apartamento no centro de Madrid. Durante o jantar, claro, ouviu-se o eloquente José Cid, com o seu recente Best of. O André diz que sim, que o que ´tá a dar agora em Lisboa, é José Cid, que năo se ouve outra coisa. Mais alguém reparou?
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Pasta com Atum `a la Xavier
Esta refeiçăo é muito práctica e saborosa. Suja-se apenas um tacho, uma faca e uma colher de pau.
É também um prato que é muito barato e rápido de preparar, deixando toda a gente satisfeita.
Costumo fazer isto em "situaçôes limite" como campismo ou escassez de recursos.
Os ingredientes săo fáceis de obter em qualquer zona da Europa, creio.
Ingredientes:
Uma lata de atum por cada pessoa
Uma pasta (esparguete, fussili, macarrăo, etc.)
Uma cebola média por cada duas pessoas
Um dente de alho por cada pessoa
Azeite
Sal Grosso
Pimenta Preta
Uma chávena de vinho branco
Água
Preparaçăo:
Fatiar as cebola em circulos com +-5mm de espessura. Picar os alhos. Pôr tudo na panela e regar com azeite suficiente para refogar. Pitada de sal, pitada de pimenta. Mexer abundantemente. Depois de lentamente refogado (năo deixar queimar a cebola que faz azia) juntar o vinho, pitada de sal, pitada de pimenta. Deixar que tudo se funda, lentamente. Adicionar água (deve ter o dobro do peso da pasta que se pretende adicionar), deixar até ferver. Após a fervura, adicionar a pasta. Deixar cozer, mexendo de quando em vez.
Escorrer as latas de atum. Após a pasta estar cozida (năo deve haver excesso de água nesta altura), apagar o fogăo, adicionar o atum. Servir. Vai bem com cerveja.
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Mas antes de terem chegado mais portugueses, resolvi que era um bom dia para um breve escaparate `a periferia de Madrid. Olhei para o plano do metro e reparei que havia uma estaçăo com o nome " Casa de Campo". Bom, a minha intençăo era ir de Metro e voltar no teleférico de Madrid, tendo a oportunidade - finalmente - de ver os telhados da cidade. Quando saí do Metro, vi absolutamente nada. A Casa de Campo é um área árida infinita; é um deserto com árvores, pássaros e uma ribeira. É aqui que os ukranianos residentes fazem os seus Pic-Nics e jogam `a bola no fim-de-semana. Uma estaçăo de Metro no meio do deserto é o mais estranho de tudo. Se alguém me o souber explicar, agradeço.
É claro que, voltei exactamente pelo sítio de onde vim porque o teleférico, claro, estava parado.
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O Pedro chegou a meio da noite. O apartamento estava agora, definitivamente, composto.
12 Comentários:
antes de mais, caro Chabi, permita-me falar-lhe um pouco sobre mobilidade urbana e politicas de transportes, explicado-lhe a urgencia de uma estaçao de metro no meio do deserto...
Ora nesse deserto, que é um dos business center de Madrid, desevolvem muy habilmente o seu labor centenas de prostitutas, que obviamente utilizam o metro nas sua deslocaçoes casa-trabalho, trabalho-casa.
Obviamente recorrem tambem a esse metro todos aqueles que diariamente efectuam as ligaçoes trabalho/por-me-nas-putas e por-me-nas-putas/casa.
un saludo, Duque de Rivas, Madrid
O que se aprende na Duque de Rivas...
Saludo, Gino
aqui aprende-se muito... se quiseres posso divagar sobre altas e baixas pressoes e a influencia do anticiclone dos açores no clima ibérico...
Esta fotografia do Cid e' nojenta! isto vai afastar a nossa clientela!!!
Duque de Rivas: vai dar uma curva!
Maria: A culpa năo é minha, é do José Cid.
hhaaaadd: eu, amanhă (que já passou), estarei (estive) contigo!
Aquele abraço
Tou a ver que descobriste os encantos do nosso Cid! Madrid rendeu! (De facto Lisboa transpira José Cid, se bem que não tanto como José Cid transpira esse sofá, mas prontos...)
Bom trabalho e jinhos grandes!
uma vez que tenho aqui a minha quota parte deixo aqui o meu manifesto contra a personalizacao do nosso blog! A magia deste blog era o seu anonimato.
Aparecer caras, nomes, desvirtuam o Muitas Coisas, a meu ver.
Tenho dito!
Este diario e' enfadonho! LOL
As tuas capacidades de escritor inventor sao muito mais interessantes...
ps: desculpem a falta de pontuacao, mas este teclado desconhece-os, e eu desconheco as facanhas do Mestr'A para os fazer aparecer...
Maria Borboleta. Se estas a usar um mac - carrega alt option E para os acentos.
Slope: Isto é mais férias do que trabalho mas beijinhos para ti também!
Pronto Maria...Agora que toda gente sabe que eu, na verdade, sou o José Cid, é já tarde para "despersonalizar" o Muitas Coisas...
Quanto ao resto, com anonimato perde-se o carácter humano, quentinho, que eu desejava e, por isso, veem-se nomes e caras.
Quanto á escrita, vai mas é fazer um esparguete de atum!
Beijos minha querida
A casa de campo é o verdadeiro pulmao de Madrid, e é tudo o contrário de um deserto, é um monte cheio de vida com muita biodiversidade e onde as pessoas podem relaixar-se em plena natureza. A estaçao de metro na casa de campo é da linha 10 e é uma das mais transitadas, a estaçao essa é precisa porque além de que fica pertinho de uma zona habitada onde as pessoas precisam de transportes, é um bom accesso ao "parque de atracçoes" e à mesma casa de campo, com o lago e muitas zonas de grande interes turístico.
hhaaaadd: Temos que nos enfrascar urgentemente!
Anonimo: Obrigado pelo esclarecimento. Só faco uma ou duas correccoes, a estacao de metro que da acesso ao lago e ao parque de diversoes é na linha 10 também, mas nao é a Casa de Campo. O acesso á "casa de campo" propriamente dita, também nao é feito por esta estacao (Ficas mais perto da Casa de Campo se saires em Moncloa, por exemplo...).
Para mim, o unico local com interesse turistico perto da estacao de Casa de Campo é o teleferico, mas nao funciona...
Hasta
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