Lisboa...
Uma tarde de Primavera.
Vento frio. Um set de mesa e cadeiras de alumínio (que não chegam a aquecer o corpo) assentes num passeio de uma rua ensolarada da cidade, o calcário, a calçada portuguesa. Os dedos que regelam enquanto seguram no cigarro. A chávena de café vazia. Com o resto do café faço desenhos no guardanapo.
A conversa boa, sobre coisas tantas que nem sei… serviam para, sem sabermos nos conhecermos um pouco. Risos, imensos! Gritos! O coçar nervoso da testa, os devaneios repentinos, a partilha do que apoquentava, do projecto, dos desejos, dos amores e desamores, das alegrias e das tristezas, das festas, da loucura!
Momentos bons estes de esplanada. Foi nas esplanadas de Lisboa que construí os meus amigos (sublinho gos, têm muito boas cabeças!) e hoje sinto falta desses momentos e desses amigos porque aqui não tenho Lisboa, não tenho esplanada, não tenho sol, não tenho amigos e o café é muito mais caro.