"Não há nada mais importante do que ter uma pessoa que realmente nos ama."
Lost, último episódio, 2ª série.
"Chega-se a um ponto na vida em que tudo perde o valor, à excepção de uma frase iterada/tatuada na nossa memória: Era aquela."
Dum excelente professor.
"Bom, eu estava perante ela e chorava que nem um desalmado; então ela perguntou-me: Mas afinal tu estás triste porque gostas de mim ou estás triste porque eu acabei contigo? E eu, de um sôfrego pranto, passei ao registo do silêncio. Calei-me."
De outro profesor igualmente excelente.
Bernardo era um caubói. Tinha uma amante na Croácia, outra em Praga, outra na Eslovénia e uma outra em Bratislava. Tinha ainda outra ali no Cacém. Bernardo era um caubói europeu.
Batia-lhes à porta e simplesmente entrava. Era assim.
Um dia, Bernardo - um caubói europeu - encontrou-se com alguém que sabia ter amado em tempos mas, estranhamente, não se lembrava do seu nome. Estranhamente, também, não se lembrava de com ela ter-se deitado, e isso sim, era o mais estranho de tudo, tendo em vista que Bernardo era um caubói.
Dirigiu-lhe uma palavra, à qual ela sorriu.
Foi imediato; Bernardo encontrou-se apaixonado e deixou de ser caubói para passar a ser um marido católico.
Bianca tinha passado a vida sem se deitar com homem nenhum, até ao dia de seu casamento. Tinha dado uns beijinhos e trocado umas carícias, mas nada de demasiado sério. No "Olá" de Bernardo, ela viu o sinal que lhe nunca havia sido dado. Também ela se apaixonou e passou de uma virgem católica para uma ninfomaníaca fetichista. Bianca, agora, queria experimentar de tudo...
Posto isto, há quem diga que Bernardo foi toda a vida um miserável que procurou o amor no lado errado e que, vá lá, teve a sorte de encontrar quem para ele tivesse pachorra. Os mesmos, dizem que Bianca foi uma excelente rapariga até ao momento em que a má companhia de Bernardo a tranformou numa devassa.
Mex, em que é que ficamos?
"Este assunto não me interessa para nada."
José Júdice, O Eixo do Mal