Coisas da Poesia - os segredos
Segredaram-te ao ouvido que te desejam.
Ouvi vozes que pereciam,
à medida que te aproximavas
Fui-me no momento que chegaste -
aliás, nem sei se parti,
ou se fiquei -
as ondas, agora
estão diferentes;
sou o mesmo,
tanto, e tão pouco do que já fui.
.
Às vezes uma vitória não chega;
Porque as procuras não acabam
e o desejo mantém-se.
São as subtis carícias
E os enlevos iterados;
São as vitais energias
E alegrias;
Os tormentos positivos
Os sorrisos atrapalhados;
São os vísceros sentimentos
E a contínua vontade de que estejas por aqui,
Para que aqui não chegue a saudade.
Segredaram-te ao ouvido que te desejam
E tu apenas acreditaste.
Segredaram-te ao ouvido que te amam
E tu apenas não ficaste.
Dei por mim já cego de verdade,
A loucura vai já longe
Mas fico cego de dia.
Segredem-me ao ouvido,
Verdades.
Domingo, 2 de Maio de 2004
Moi-même
2 Comentários:
oh homem!? o que foste tu fazer para o ist??? és uma poetaço! parabéns...lindo
Boodah ou Bocage?
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