sábado, fevereiro 19, 2005

Coisas na Sombra

Deixei-te ali. Na sombra.
Quando olhei para trás já não estavas.
Parei, petrifiquei.
Fiquei sem coração,
sem o bater do meu coração que era o teu!
Nos meus olhos sentia o ardor das lágrimas contidas
e doeu por dentro.

Desapareceste na sombra!
não sei se voltas e,
hoje, duvido se algum dia exististe!

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Foto de Michael Kenna Tree Shadow

9 Comentários:

Às 20 fevereiro, 2005 11:55, Blogger Flávio disse...

Olá! Por favor, digam ao Arroz de Estragão que tem um recado no meu blogue A Bomba:

www.a-bomba.blogspot.com

Um abraço

 
Às 20 fevereiro, 2005 12:39, Blogger menina Clode disse...

não vai ser possível! ele está incontactável!

 
Às 20 fevereiro, 2005 13:47, Anonymous Anónimo disse...

De quem é este texto tão maravilhoso...simplesmente arrepiante!Maria estás a surpreender com escolhas tão boas e que neste momento me dizem tanto.
É dificil e inexplicável quando perdemos alguém que nos é tão querido, de alguma maneira é um sentimento que nos leva a pensar que essa pessoa não existiu leva-nos a acreditar que tudo não passou de imaginação...é um sentimento que é consequência da dor e por vezes raiva interior que nos leva a acreditar que tudo não passa de uma reticência.
Cumprimentos pra ti borboleta e parabéns, um abraço Tripas.

 
Às 20 fevereiro, 2005 16:10, Blogger menina Clode disse...

O texo é da autoria de Maria Ana Clode (eu mesma!). Encontrei esta fotografia e sugeriu-me isto!
pois deixar alguém na sombra, é comum a todos!

obrigada pelos elogios!Confesso que receava escrever algo meu...mas ainda bem que gostaste!

abraços meus

 
Às 21 fevereiro, 2005 15:51, Blogger Marta disse...

É lindo o texto Maria...

Pois é a arquitectura não tem falta de tecnocratas, de inventores de sistemas complexos, de parafernálias VAZIAS de significado, mas sobretudo VAZIAS de pessoas como tu...

e é importante reencontrar pessoas como tu,Maria, espero muito sinceramente que tu te tornes numa muito boa arquitecta, porque pelo menos o que escreves já é muito bom...

Espero que ainda mantenhas esse espírito de iniciativa e empreendedor, que sempre demonstraste em todas as coisas que fazias...e só o fazias porque gostavas do que fazias.

Lamento sinceramente que o ensino(como uma vez nos disse a prof. Conceição, de História da Arte)esteja voltado para as massas, e por vezes voltado para coisas com pouca importância!

E tu que sempre questionaste o significado, a importância, e a aplicabilidade das coisas...E não deveria ser sempre assim?! Para quê perder-nos com coisas que não nos servirão para nada?

um abraço Maria e volto a repetir, que bom encontrar gente neste Muitas Coisas

 
Às 22 fevereiro, 2005 09:22, Blogger menina Clode disse...

Não acredito!!! És mesmo tu Marta? Encontrei-te na blogosfera? Que saudades!

Obrigada pelas tuas palavras. Também espero que sejas boa arquitecta com o empenho que sempre colocaste nas coisas que fazias...quanto ao Vazio PARABÉNS!
Não tinha percebido que a Marta eras tu!

beijinhos

 
Às 22 fevereiro, 2005 18:23, Anonymous Anónimo disse...

Este muitas coisas é cada vez mais um blog de arquitectos...não tenho nada contra,pelo contrário, o meu grande friend Xavier também o é e a relação é quase perfeita.

Não ganharam mais um arquitecto (lamento desiludir) neste caso é um Economista, olhem que não é vigarista...

Cumprimentos a todos Tripas

 
Às 23 fevereiro, 2005 08:26, Blogger menina Clode disse...

Não Tripas, não é um blog de arquitectos. Muito pelo contrário, ele existe para sentirmos um outro mundo. Quanto aos economistas são muito bem vindos. E venham mais!

 
Às 01 março, 2005 00:34, Blogger Sérgio Xavier disse...

Lindíssimo o que escreveste...deixou-me sem entender uma coisa só: o teu receio em pôr aqui coisas que escreves.

É que é mesmo muito bom!

Ainda hoje a vi desaparecer, na sombra...fiquei ali ainda um bom bocado a olhar para o vazio do grande corredor, mas ela já não lá estava...

Percebi então que tinha que me vir dali embora.

Parte de mim ficou lá, cristalizada por entre as pessoas que passam.

Mas enfim, estou aqui de novo; com a minha sombra.

 

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